Textos reflexivos


Passando 2014 a limpo

 Faça uma lista de todos os projetos desenvolvidos em sala de aula. Apure se você soube planejar e administrar o tempo, estabelecer objetivos e conteúdos, escolher os melhores recursos e se seus alunos aprenderam como você queria. Relembre os acontecimentos mais marcantes na aplicação dos projetos em sala de aula.
Avalie a sua responsabilidade nas principais dificuldades e conquistas dos alunos. Questione-se: onde acertei, onde errei, tive preguiça ou faltou visão?
Destaque as principais diferenças de desempenho entre as turmas e os motivos.       Depois, compare com suas estratégias didáticas.
Avalie a sua interação com os colegas, a coordenação, a direção e os pais dos alunos.
Proponha estratégias e mudanças para o próximo ano baseadas nos resultados de seu balanço. O que eu faria diferente? O que vale a pena repetir? O que devo priorizar para 2015?
Reflita sobre sua carreira e a maneira como você investiu nela. Como foi minha participação nos encontros de formação continuada?
Compare a sua reflexão com a de seus colegas, aceite opiniões e sugestione sobre os resultados do ano letivo.
Estabeleça como meta a reflexão diária sobre seu trabalho e determine projetos a curto e longo prazos. Para isso, estreie um caderno novo escolhido a dedo! Nele, responda todos os dias à pergunta: o que eu aprendi hoje?
Faça uma limpeza nas gavetas e nos armários de casa e da escola.
Sem dó, guarde apenas o que exemplifique questões fundamentais de aprendizagem.

Adaptação da revista Nova Escola


 Dicas para realizar seus sonhos em 2012

 Fabiano Brum

Todo começo de ano é a mesma coisa. Criamos mil planos para os próximos 12 meses, mas acabamos nos esquecendo da maioria deles antes que seja possível realizá-los.
O que será que aconteceu para que não atingíssemos nossos objetivos? O que podemos fazer para que 2012 seja diferente e consigamos ser pessoas mais realizadoras?
Seguem algumas dicas que poderão ser valiosas no momento em que estiver refletindo sobre o que deseja para este ano:
1 – Faça uma lista dos seus sonhos – Saber para onde se quer ir é a primeira necessidade para aquele que quer iniciar uma jornada. Faça uma lista dos sonhos que gostaria de realizar em 2012. Seja sincero consigo mesmo, tenha certeza que são objetivos que necessitarão de empenho, porém possíveis de serem realizados. Procure escrever apenas dois ou três sonhos para cada área de sua vida (pessoal, familiar, profissional, saúde, social, etc). Não adianta ter uma lista com centenas de itens, você provavelmente irá se frustrar. Que tal começar com 12 objetivos para 2012? Este número lhe parece sugestivo?
2 – Transforme sonhos em metas – Você se lembra da música que diz: “deixa a vida me levar, vida leva eu...”? Essa talvez seja a melhor maneira de chegar a lugar nenhum! Se a vida é uma viagem, como você vai chegar ao seu destino sem um roteiro? As metas servem para dizer onde você está indo, como você vai chegar e o que você vai fazer quando chegar lá.
Uma meta é um objetivo específico com data marcada para acontecer. Seja bastante específico em cada um dos 12 objetivos e estabeleça prazos. Exemplo: Se a sua meta é comprar um carro, especifique marca, modelo, ano, valor e uma data limite para a aquisição.
3 – Qual a sua estratégia?– Agora que você tem 12 objetivos para o ano de 2012, e sabe para onde quer ir, é a hora de montar uma estratégia de como chegar lá. Estabeleça quais ações você irá realizar para conseguir atingir seus objetivos. Basta entender que a estratégia é o passo a passo que você terá que desenvolver para atingir a meta e chegar ao seu objetivo.
4 – Acompanhe os resultados - Não se esqueça de fazer a avaliação constante durante todo o processo de planejamento e execução. Ao perceber que alguma meta não foi alcançada, redefina-a, corrija seu roteiro a fim de chegar ao seu objetivo.
5 – Fazer um pouco mais –Sucesso dá trabalho! Não se consegue resultados espetaculares sem empenho e coragem. A música Eu Vou Seguir, uma versão em português de Marina Elali e Dudu Falcão para uma música de Gloria Stefan diz em sua letra: “Eu vou ser mais do que eu sou, para cumprir as promessas que eu fiz. Porque eu sei que é assim, que os meus sonhos dependem de mim.”
Para conseguirmos realizar nossos sonhos e conquistar nossas metas, precisamos nos desenvolver como pessoa e como profissional. Não podemos ficar estagnados. Aperfeiçoamento contínuo, treinamento, capacitação e disciplina é o caminho para quem deseja conquistar o sucesso!
Afine-se!
                                                                                                                                             
                                                                                                                Fonte: http://www.nota10.com.br

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Você é o que é porque...

Certa vez fiquei muito revoltado ao ouvir uma frase de um grande e querido amigo. Fiquei muito triste e deixei de falar com ele por um bom tempo. Concluí que ele não gostava de mim e parecia que ao dizer aquilo estava selando o fim de nossa longa e não tão bela amizade, que não queria mais me ver ou coisa assim.
Fiquei arrasado e imaginando que ninguém se importava com meus problemas, que eu estava sozinho no mundo e não tinha a quem recorrer. Minhas dificuldades eram tantas que já não sabia mais o que fazer.
Retirei-me para o meu pequeno “mundinho” e me acomodei com a situação, ora tentando esquecer, ora me lamentando de tanto sofrimento. Aí, veio o desânimo, a falta de objetivos na vida, a depressão, uma doença ruim, o desemprego, a fome, a separação da família e muitas outras coisas ruins.
Depois de algum tempo, com aquele ditado martelando meu cérebro todos os dias, num momento de assustadora lucidez, compreendi o seu significado e como eu estava errado em meu julgamento.
Voltei à casa do ex-amigo e arrependido agradeci imensamente a ele, meu pai, por tão duras e sábias palavras:
“Você é o que é, e está onde está, puramente por sua própria vontade! Ninguém tem culpa de sua incompetência!”
Daí em diante, tomei o volante do carro de minha vida e passei a dirigí-lo conforme meus planos e hoje, graças a Deus, ao meu pai e a tantos amigos que conquistei pela vida, já curado da doença e da minha estupidez, estou certo que posso fazer qualquer coisa por mim e pelos que me rodeiam, sejam parentes, amigos ou simples desconhecidos que passam por mim. Não há mais medo, só coragem e entusiasmo!
Mesmo que você não goste da idéia e que ninguém lhe tenha dito esta frase, eu tomo a liberdade de repetí-la:
“Você é o que é, e está onde está, puramente por sua própria vontade!”
“Viva para atingir o seu potencial! Sua vida não tem limites! Depende só de você!”
Obrigado por sua existência, você é a pessoa mais importante do universo, pois me proporciona a chance de aprender um pouco mais sobre você, os seres humanos e a vida.
Dermeval Pereira Neves

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QUE PROFISSIONAL VOCÊ É?

Autoria de Fábio L. Violin
O mundo passou e vem passando por inomináveis mudanças, nós seres humanos fomos responsáveis pelas boas e más transformações que hoje vivemos.As vezes atuamos como atores e as vezes como coadjuvantes da nossa própria história, o que hoje vivemos é fruto daquilo que outras pessoas plantaram no passado e do que com nossa parcela de responsabilidade também plantamos.
Os centros de poder variaram ao longo de nossa história, no princípio os detentores de terra eram os senhores e a mão de obra escrava não tinha o direito de questionar, de mudar, de propor. Na era industrial houve maior especialização do trabalho e aspectos burocráticos predominavam, ainda aqui os pensadores não eram privilegiados, ao contrário, em muitos casos foram perseguidos ou oprimidos.
Atualmente detem o poder as pessoas e empresas que possuem ou buscam informações e as traduzem em conhecimento. Seja qual for a profissão nunca se valorizou tanto aqueles que sabem analisar, planejar, agir e acima de tudo ter criatividade nas respostas as mudanças do dia-a-dia.
O novo profissional, aquele de sucesso, busca auto-gerir-se, não espera que as oportunidades apareçam, ele as cria ou sabe ver quando elas estão próximas, e igualmente sabe entender o que são as ameaças e busca atuar de forma a amenizar seu impacto.
Mas, a bem da verdade, não existe uma fórmula para o sucesso.Não existe uma receita a ser seguida e que no final o resultado seja positivo . Mas felizmente existem alguns caminhos que podem ser trabalhados e que podem vir a produzir bons frutos, dignos da vontade, do conhecimento e perseverança, da lealdade aos próprios credos, da criatividade, do senso critico e do espírito de equipe e ajuda mútua inerente aos profissionais de sucesso.
As competências e habilidades técnicas são o mínimo exigido e não chegam a diferenciar os profissionais de forma mais acintosa. Conhecer sua área através da ajuda de colegas, professores, livros, revistas e experiências é o mínimo que cada um pode fazer por si.
A diferença entre profissionais comuns e aqueles que realmente fazem a diferença é sua capacidade de ver o que a maioria não enxerga, é sua capacidade de auto-construir-se e não simplesmente reclamar e esperar que outros lhe ajudem. Assim, constroem seu caminho passo-a - passo, contornando as dificuldades, mudando sua forma de agir e de pensar, mas sem nunca perder de vista seus objetivos, seus sonhos e sua capacidade de lutar pelo que quer e acredita.
No entanto, buscar ser a diferença passa por alguns requisitos, como por exemplo:
  • Ter a capacidade de direcionar o esforço para o que realmente é importante para a empresa ou causa que nos propomos;
  • Trabalhar com e para as pessoas no intuito de atingir os resultados necessários;
  • Ter comprometimento com resultados, determinando níveis de prioridade, esforço e prazos para execução;
  • Ser flexível sem ser fraco, ter autoridade sem ser autoritário;
  • Saber expressar-se, ter comunicação clara e objetiva, e principalmente saber ouvir e entender os medos, anseios, dúvidas e pontos de vista das pessoas;
  • Ter iniciativa, porém é importante sentir o momento exato de recuar quando necessário;
  • Entender que possuímos limitações e que elas não devem ser ignoradas ou escondidas, lembre-se, limitação não significa incompetência, ignorar as limitação sim significa;
  • Cumprir promessas;
  • Planejar e executar; entre diversos outros.
O profissional que faz a diferença nunca desiste, quando a batalha é maior do que ele, esta pessoa redireciona e concentra suas forças em um meio de reverter a situação. Mas, acima de tudo não espera que o motivem, que passem a mão sobre sua cabeça, antes de qualquer coisa acreditam em sua força interior em sua capacidade de fazer e ser a diferença. Sua personalidade é algo impar, são pessoas que tem opinião própria, que não desistem facilmente, que não nasceram para ser comandados, assumem riscos e também assumem seus erros sem sentir-se menores ou desmotivados.
Este profissional agrega valor e aprende continuamente, busca ser líder sem ser egoísta ou egocêntrico, se faz respeitar sem precisar dominar, partilha seu conhecimento e suas experiências, tem prazer naquilo que faz.
Ousadia é sua marca, age rapidamente com conhecimento de causa e se não a tem busca ter. Não tem medo do conhecido ou de outros profissionais igualmente qualificados, não se esconde atrás de jogos de cena ou formas de depreciar outros profissionais ou empresas, é ético acima de tudo.
O profissional do futuro tem ambição, ética, presença de espírito e de luta, busca vencer por suas próprias mãos e não por outros meios tão comuns aos medíocres, é humano se ser piegas ou demagogo, não precisa ser rude ou autoritário para obter respeito ou admiração, não precisa dizer a ninguém o quanto ele é bom, se realmente for, o reconhecimento vem por si só.
Este começo de século será cada vez mais dominado por este profissional que valoriza o conhecimento técnico, a família, sua empresa, seus colegas e seus anseios. Não precisa ser perfeito, mas precisa buscar constantemente a perfeição.
O limite não existe e não deve existir no ser humano, cabe a cada um construir seu próprio destino e perseguir seus ideais. Somos o fruto daquilo que plantamos, colhemos aquilo que nós é dado como recompensa por nosso esforço.
Nunca esqueça do ditado chinês que diz que “o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória”
Professor Fábio L. Violin
Mestre em Estratégias e Organizações _ UFPR
Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico – PUC-PR
Professor universitário, palestrante e consultor de empresas.
E:mail: flviolin@hotmail.com ou flviolin@terra.com.br

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 Professor - Você é Profissional ou Amador?

Fabiano Brum

Imagine um músico profissional, um guitarrista, um violonista ou um pianista, tocando uma bela canção, com maestria, virtuosismo e sensibilidade. Sua técnica apurada e a leveza com que executa a melodia, chega a nos fazer pensar que é simples tocar aquelas notas tão maravilhosas.
Mas, no fundo sabemos que para tocar de forma tão apurada estes profissionais tiveram horas e horas de estudo, treinamento e dedicação em cima de seus instrumentos.
Para que você professor perceba a real necessidade de um aperfeiçoamento contínuo, faremos uma analogia com a rotina de preparação de um músico profissional.
Assim como um educador não nasceu preparado para enfrentar uma sala de aula repleta de alunos exigentes e de personalidades diferentes, nenhum grande músico, apesar de todo talento nato, veio ao mundo dando um show de performance em seu instrumento e se apresentando para grandes platéias.
Os músicos em sua grande maioria começaram a praticar suas atividades muitas vezes por obra do acaso; por influência de um amigo que tocava em uma banda de garagem, por ter uma pessoa na família que tocasse ou gostasse de música, pela admiração por um ídolo, ou até mesmo por imposição dos pais, estes na ânsia de arrumar uma atividade sadia que ocupasse o tempo dos filhos.
Acontece que com o passar do tempo, estas pessoas foram se identificando cada vez mais com seu instrumento, passando a praticá-lo com afinco. Quando menos perceberam já haviam adotado a música como profissão.
Mas ao se classificarem como profissionais, tiveram também que encarar uma rotina diária de preparação profissional; treinamentos específicos, horas e horas diárias de repetições, cuidados especiais com postura, alimentação, tempo de repouso para recuperar energias, etc. Ou seja, a árdua busca pela perfeição, por uma técnica mais apurada, um timbre com personalidade e uma execução impecável.
Agora imagine a sua atividade de professor, seja da escola pública ou privada, e responda mentalmente as seguintes questões:
1) Você se considera um educador profissional ou amador?
2) Esta atividade é o seu principal ganha-pão e necessária para o equilíbrio do seu orçamento?
3) Você foi contratado para ser professor?
Se respondeu “profissional” para a primeira questão e “sim” para as demais, aí vai o derradeiro questionamento:
- Você esta se preparando como um profissional?
Poderíamos afirmar que aquele que se considera um profissional, não pode ter a mesma rotina de um amador, de uma pessoa que se aperfeiçoa de vez em quando, que participa de um treinamento de vez em quando, que pesquisa sobre sua atividade de vez em quando, que lê um livro sobre a sua área de vez em quando.
Se você é um “profissional” mas tem uma rotina de preparação “amadora”, o máximo que conseguirá é algum resultado “mediano” e talvez dar um boa aula de vez em quando!

Pense nisso!


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PRESENÇA
Que bom que você veio!
O encontro é algo divino e maravilhoso!
É maravilhoso...
Encontrar a simplicidade, a disponibilidade,
o olhar puro e o gesto pronto...
É maravilhoso...
Encontrar um riso aberto, uma alma corajosa,
um desejo de ser mais.
Aqui, se realiza a maravilha do encontro,
porque você se faz presente...
Realiza porque você veio, trazendo um pouco de
seu próprio manancial cristalino: um pouco das
suas histórias, um pouco de você mesmo...
E esteja em casa e abra seu coração!
A sua presença há de nos deixar mais ricos,
há de nos aumentar as energias, para a luta de construir...
Sim!
É da esperança, é do construir,
que o mundo de hoje precisa...
Com as nossas mãos apertadas as suas,
encontraremos novos rumos!
Que bom que você veio!
Obrigado(a) pela sua presença!

(Desconheço a autoria)


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Professores & professauros


Celso Antunes

Que se imagine uma outra galáxia e, nesta, um planeta habitado. Com civilização bem mais antiga que a da Terra, apresenta progresso material e moral bem mais avançado que o nosso. Nesse planeta, um pesquisador resolve conhecer um pouco sobre como se desenvolve a educação em um outro mundo habitado, agora bem mais atrasado, e que se chama Terra. Valendo-se da notável tecnologia que sua avançada cultura alcançou, disfarça-se em estudante terráqueo e, após muitas aulas que observa, prepara seu relatório, destacando que no planeta visitado encontrou dois tipos de ensinantes que, trabalhando com as mesmas dificuldades e regalias no mesmo espaço, apresentam significativas diferenças entre si. Para diferenciar profissionais assim tão díspares, chama o primeiro de "professores" e os outros de "professauros", por identificar, nestes últimos, formas de pensamento comuns ao período Cretáceo, dominado pelos grandes dinossauros. Segue, extraído desse original relatório, algumas diferenças essenciais entre os dois.

Quanto ao ano letivo que se inicia:
Para os professores, uma oportunidade ímpar de aprender e crescer, um momento mágico de revisão crítica e decisões corajosas; para os professauros, o angustiante retorno a uma rotina odiosa, o eterno repetir amanhã tudo quanto de certo e de errado se fez ontem.

Quanto aos alunos que acolhem:
Para os professores, a alegria de percebê-los cada vez mais sabidos e curiosos e a vontade de fazê-los efetivos protagonistas das aulas que ministrarão. A certeza de que não os ensinarão, mas poderão contribuir de forma decisiva para iluminar suas inteligências e afiar suas muitas competências. Para os professauros, nada mais que chatíssimos clientes que transformados em espectadores pensarão sempre mais na indisciplina que na aprendizagem, na vagabundice que no crescimento interior.

Quanto às aulas que deverão ministrar:
Para os professores, um momento especial para propor novas situações de aprendizagens pesquisadas e através das mesmas provocar reflexões, despertar argumentações, estimular competências e habilidades; para os professauros, nada além que a repetitividade de informações que estão nos livros e apostilas e a solicitação de esforço agudo das memórias para acolher o que se transmite, ainda que sem qualquer significação e poder de contextualização ao mundo em que se vive.

Quanto aos saberes que se trabalhará:
Para os professores, um volume de informações que necessitará ser transformado em conhecimentos, uma série de veículos para que com eles se aprenda a pensar, criar, imaginar e viver; para os professauros, trechos cansativos de programas estáticos que precisam ser ditos, ainda que não se saiba por que fazê-lo.

Quanto à vida que se vive e os sonhos que se acalanta:
Para os professores, desafios a superar, esperanças a aguardar, conhecimentos para cada vez mais se aprender, a fim de se fazer da arte de amar o segredo do viver; para os professauros, a rotina de se trabalhar por imposição, casar por obrigação, fazer filhos por tradição, empanturrar-se para depressa se aposentar e quanto antes morrer.
O relatório do pesquisador espacial prossegue, mas não é objetivo desta crônica pelo mesmo avançar. O que com a mesma, efetivamente, se pretende são duas singelas interrogações. Você descobre em colegas que conhece quem pertence a uma e a outra categoria? E você, prezado amigo ou amiga, com sinceridade, a que categoria pertence?

Nem todos os dinossauros estão extintos!
Mal entrou na sala e já foi tratando de deixar as coisas às claras: - Vamos lá, pessoal. Uma carteira atrás da outra, bem enfileirada. Isso mesmo. Você aí, Henrique, não ouviu? Já escutou talar em "ordem unida?" E isso aí, todas enfileiradas, direitinho. Comigo não existe isso de carteiras bagunçadas, esparramadas de qualquer maneira pela sala. Muito bem, agora tratem de deixar sobre a carteira todo material que precisam usar em aula, mas somente o material que vai ser usado. Sem excesso e sem falta. Portanto, canetas de três cores diferentes, lápis, régua, borracha, caderno, livro. Beleza, pessoal. A aula não pode começar se as carteiras não estão organizadas. Cada coisa em seu lugar; estejam atentos porque vou percorrer carteiras, uma a uma, e fiscalizar tudo.
- Bem, turma. Agora que a classe já não mais está em bagunça e agora que as carteiras estão arrumadas como devem ser arrumadas. prestem atenção, a aula vai começar. Vou dividir a matéria em partes e explicar cada uma delas. Ouçam, pensem, reflitam e perguntem, pois assim que vocês terminarem de perguntar será a minha vez de interrogá-los, e ai dos que não souberem. Acertar não vale nota porque é obrigação de todo estudante, mas errar é prova de falta de atenção e para cada erro eu tiro um ponto.
Se perder mais de três em uma aula só, exijo a presença do pai ou da mãe para me ajudar na educação. Não quero choradeira no final do ano. Fui claro?
Claríssimo. Não poderia ser maior a transparência dos recados. Tudo pronto para a aula começar...
Era assim que se pensava "aula" há trinta anos atrás. O professor era o centro do processo de ensino e o aluno apenas um receptor de saberes que, aula a aula, ia acumulando. Quem não acumulava o suficiente poderia ser corrigido com um castigo ou uma reprovação. Pena que ainda existam aulas ministradas dessa forma. Há trinta anos não havia o celular, os
computadores não eram o que hoje são e uma simples viagem de São Paulo a Ubatuba não demorava menos que seis horas. Nesses trinta anos o mundo mudou, a medicina evoluiu, a tecnologia avançou, os transportes se aceleraram. Mas ainda existem aulas em que o professor é  o centro do processo de aprendizagem. Nem todos os dinossauros foram extintos2.


2
O vocábulo “dinossauro” não abriga qualquer intenção pejorativa. Refere-se a professores de “outros tempos” que, na escola atual, insistem na prática de procedimentos comuns em uma instituição que já não mais pode existir.




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OS MACACOS E AS BANANAS

(autoria desconhecida)

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passada mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado
pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto
participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e, repetiu-se o fato.
Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui”...
                                 “Você   não deve   perder a  oportunidade   de passar  esta história
                                     para  seus  companheiros  do  trabalho (ou de estudo)  para que,
vez  por  outra,  questionem-se  porque  estão  batendo, ou mesmo
porque   repetem  práticas  pedagógicas,  currículos  ou  avaliações
nas  quais  não  acreditam  ou  desconhecem  os  objetivos a serem
                                      alcançados.”


O PAPEL DO PROFESSOR...

Ana Maria Severiano de Paiva / Ilydio Pereira de Sá

Será que o melhor professor é aquele que explica “tudo certinho”, sem dar tempo ou chance ao seu aluno de fazer perguntas, de ter dúvidas?
Nós há uns vinte anos, com certeza, pensávamos dessa forma. Hoje, diante da
complexidade e da velocidade das mudanças que se processam no mundo, nas comunicações, nas relações de trabalho, nas relações sociais e no conhecimento, acreditamos que, reconhecendo a importância da ação do professor, o papel atribuído a este deve ser muito mais o de mediador do processo de ampliação da ação dos diferentes sujeitos sociais, contribuindo para torná-los protagonistas das suas próprias histórias. Protagonismo este que deverá ser desenvolvido através de atividades significativas.
Diante da liberdade de pensar e de agir, surge a necessidade do diálogo, do respeito ao tempo de cada um, sem que isto signifique deixar o fraco como fraco, porque é o seu tempo, mas partir do outro como uma pessoa que é um mundo de possibilidades e não um universo de limitações. Exige do educador ir além do seu conteúdo específico, situando este em um contexto mais amplo de questões identificadas com o aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conhecer.
Não há receitas e não há fórmulas mágicas. Se isso existisse, tornaria homogêneo o que é diferente, porque é fruto da relação dos homens entre si. Mas aí é que se instala o medo. E este se apresenta mais forte quando se fala em avaliação.
Se admitirmos que avaliação é um processo contínuo, ela se constrói com a participação dos diferentes sujeitos sociais: educadores e educandos. Se é processo, extrapola a marcação do X, do certo, da quantificação de acertos, da utilização de "tabelinhas de conversão de números para letras ou qualquer outro código". Portanto, sob essa ótica de avaliação, temos que considerar questões fundamentais: "Como avaliar?”, “como devem ser as provas?”, “os testes?”, “os exercícios?”, “os trabalhos?”, “as pesquisas?”.
É óbvio que isto torna o nosso papel muito complexo, nos remetendo novamente à condição de seres em processo contínuo de construção de seus saberes, nos lembrando que devemos estabelecer um diálogo contínuo com o conhecimento e com os sujeitos: educador– pesquisador.
Essa nova postura (que aliás não é tão nova assim) de propor, organizar e coordenar o desenvolvimento das atividades dos alunos substitui, com grande vantagem, a de “explicar a matéria”, escolhendo as famosas listas de exercícios e realizando a avaliação através da de um instrumento formal - a prova.
Consultando-se o "Aurélio", verificamos que prova seria 'aquilo que atesta a veracidade ou a autenticidade de alguma coisa". Que coisa seria essa? No senso comum de nossas escolas, a prova atestaria muitas vezes a veracidade da limitação dos alunos, do seu fracasso, do pouco esforço, da falta de interesse - o foco sempre nos alunos. Será que não poderíamos ampliar esta discussão e inserir nela os sujeitos da prova, que a nosso ver não são somente os alunos que "em princípio estariam ali para aprender", mas também nos perguntarmos "por aquele que ensina"?
                                                                                                                                             
A questão é séria porque quando a iniciamos, em geral, ficam uns em posição de ataque e outros em posição de defesa. Ora, não existem réus, o culpado não é o professor, muito menos o aluno. São novos olhares para o conhecimento, para os saberes, para quem ensina e quem aprende. São interrogações sobre os sentidos atribuídos à educação no mundo de hoje.
Não se pode admitir mais a exclusão do direito à educação de todos os homens, porque negar este direito é negar outros direitos sociais intimamente relacionados com o capital cultural, com o capital de informações, com o exercício da cidadania.
Para que serve a escola? Para que serve a educação ministrada em um espaço institucionalizado? Ou só consideramos os saberes que se adquirem nos bancos escolares?
Nós não podemos desperdiçar a chance de, ao elaborar as situações de aprendizagem, promover a reflexão dos alunos sobre as experiências e sobre os conhecimentos que forem sendo construídos.
Diante dessa perspectiva, o professor como “facilitador” (não no sentido de entregar pronto, fácil), deverá buscar as melhores condições para que a aprendizagem ocorra, já que são os alunos que devem aprender.
Quantas vezes já dissemos a famosa frase: “eu ensinei tudo, dei todo o programa”. Como podemos dizer isso, se na maioria das vezes os alunos não aprenderam, ou aprenderam a responder apenas o que desejávamos que respondessem numa prova ou teste, sem conseguir verificar a importância, o significado ou mesmo sem conseguir fazer a transferência do que foi “ensinado”?
Queremos ainda destacar que a função do professor sempre foi e continuará sendo insubstituível, mesmo com tecnologias, métodos, manuais e programas supostamente adequados, só que tudo isso depende essencialmente da postura do professor, sem esquecer que tal trabalho docente depende também da forma de gestão e de coordenação da Escola, bem como do uso adequado de todos os fóruns de discussão – como os conselhos de classe – na busca de algo ainda não bem definido e para o qual não existem “receitas mágicas”.



MICRO/MACRO: REPENSANDO O ENSINO

MARCELO GLEISER – FOLHA DE SÃO PAULO - 12 de março de 2006

Semana passada, assisti a uma apresentação de uma educadora especializada em ensino de ciência ao nível universitário. Falava dos métodos que existem e como podem ser melhorados. Nos EUA, a questão de como as ciências, em particular as exatas, devem ser ensinadas vem sendo discutida com muita ênfase nos últimos anos. Estudos quantitativos mostram que o método chamado "tradicional", com o professor em frente aos alunos apresentando a matéria no quadro-negro, não é muito eficiente, principalmente para aqueles que não têm um interesse direto na matéria.
Existe uma defasagem entre a estrutura do ensino moderno e a visão de uma sociedade igualitária. 
Existe uma outra proposta, bem mais dinâmica, na qual os alunos participam de forma ativa do aprendizado, em vez de absorver passivamente (ou não) o que lhes é dito. Em um exemplo, o professor propõe uma questão aos alunos que, em grupos de três ou quatro, tentam respondê-la. As respostas são então apresentadas para toda a classe e seus méritos ou erros debatidos em conjunto. Os grupos podem usar computadores, onde examinam simulações simples, ou materiais e objetos, como pêndulos e circuitos elétricos. Testes mostram que os alunos aprendem bem mais com método dinâmico, o que não me surpreende.
Mas a educadora tocou num outro ponto que acho ainda mais fundamental: como a estrutura do ensino nas nossas escolas (e aqui vale para o mundo inteiro) reflete a sociedade que queremos (ou não) construir. Apresento a seguir dois modelos de escola. Não direi inicialmente qual é qual, apenas suas filosofias e métodos.
Modelo 1: o professor tem autoridade absoluta. A memorização é o foco do ensino. A conformidade e a passividade em sala são impostos. Aulas são monólogos. Ênfase na competição entre alunos. Testes e notas são freqüentes, hierarquização dos resultados também. Fulano tirou 10, foi primeiro lugar, é da turma A.
Modelo 2: professor e estudantes trabalham juntos na sala de aula. Foco na compreensão conceitual. A criatividade e a capacidade de reflexão são o objetivo principal do ensino. O aprendizado é ativo. Ênfase na interdependência e no trabalho em grupo. Averiguação do aprendizado é feita de modo construtivo, dando ao aluno a oportunidade de corrigir seus erros e melhorar suas notas. Descontando os inevitáveis exageros e distorções causados pela apresentação de assunto tão complexo em algumas linhas, fica claro qual é o modelo da grande maioria das escolas. Qual a sociedade que resulta desse modelo de ensino? A resposta é óbvia. O modelo 1 reflete uma sociedade autoritária, baseada na submissão do indivíduo. Essa é uma sociedade que, imagino, todos concordam que não deveria mais existir nas democracias modernas, onde crianças não ousam interromper um adulto ou mesmo dirigir-lhe a palavra, onde mulheres não votam, uma sociedade que institui a segregação racial e religiosa, mais adequada ao século 19 do que ao 21. Sei que a questão é incômoda. Mas é crucial.
Existe uma defasagem entre a estrutura do ensino moderno e a visão de uma sociedade igualitária, baseada na troca construtiva de idéias, no respeito à diferença, onde aprender tem uma dimensão lúdica, é desejado em vez de imposto. As escolas são um microcosmo da sociedade. O que ocorre nas salas de aula e os valores que são ensinados lá permanecem conosco por toda a vida. Se queremos uma sociedade democrática, que reflita os valores igualitários que proferimos como os únicos aceitáveis, temos de refletir -e muito- sobre o ensino.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"


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A ARTE DE PRODUZIR FOME

Rubem Alves

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...
Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias... Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme "A Festa de Babette", e a Tita, em "Como Água para Chocolate". Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome...
Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.
Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo
se recusa a comer. Forçado, ele vomita.
Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer
dizer "ir atrás". É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.
Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar
enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia.
Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las. E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.
Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.
Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. "Pule o muro à noite e roube as pitangas." Furto, fruto, tão próximos... Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.
Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: "Construa uma maquineta de roubar pitangas". McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são
extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.
Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.
Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.
Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.
Dizia Miguel de Unamuno: "Saber por saber: isso é inumano..." A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome... Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja...

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A ACOMODAÇÃO NOSSA DE CADA DIA
Antônio Roberto Soares

Há alguns anos atrás, eu acreditava que as circunstâncias externas eram realmente 100% responsáveis pelo sofrimento das pessoas.
Hoje penso bastante diferente, porque as mesmas circunstâncias em que algumas pessoas optam pela loucura, outras optam pelo crescimento, pela mudança, pela renovação.
Jamais poderia deixar de ver os aspectos negativos da realidade. Conheço-os bem e sei de suas terríveis influências.
Mas a questão que se coloca para cada um é:
n  O que você vai fazer com isto?
n  Qual é a sua posição após constatar a falência de tudo ao seu redor?
n  Quais são, ainda, os seus sonhos, seus desejos, suas lutas, após isso tudo?
Quando se deseja realmente algo, do fundo do coração, alguma coisa se faz para alcançá-lo e nasce a alegria só de tentá-lo.
A acomodação é a forma mais sutil de deterioração e morte, mas, de todos os cantos do mundo estão surgindo apelos de mudança diante da realidade.
Pessoas apáticas, queixosas, revoltadas apenas no falar, estão dando lugar a um novo tipo de pessoas: pessoas que a par dos seus limites e das dificuldades da realidade, querem tentar, pois acreditam verdadeiramente que é preferível morrer vivendo do que viver morrendo.
E a esperança? É a antítese da doença da acomodação.
É a crença de que enquanto estivermos vivos, podemos descobrir novos rumos, novos caminhos, novas maneiras de lidarmos com o mundo.
Todas as pessoas são responsáveis pelas suas escolhas e enquanto estivermos vivos, estaremos escolhendo sempre.
Cada vez que compareço ao trabalho estou escolhendo trabalhar alí.
Cada vez que me relaciono com alguém, estou escolhendo relacionar-me com aquele alguém.
Cada vez que decido continuar vivendo como estou vivendo, sou responsável por isso.
E se as escolhas que faço permanecem me fazendo sofrer, quem é o responsável?
As circunstâncias ou eu?


A ARTE DE VIVER BEM 

Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar, 
mas cobre de cada um a sua responsabilidade.
Não deixe de usufruir o prazer,              
mas que não faça mal a ninguém.
Não pegue mais do que você precisa,               mas lute pelos seus direitos.
Não olhe as pessoas só com os seus olhos,
 mas olhe-se também com os olhos delas.
 Não fique ensinando sempre,   
você pode aprender muito mais.
Não desanime perante o fracasso,        
supere-se o transformando em aprendizado.
Não se aproveite de quem se esforça tanto,    
ele pode estar fazendo o que você deixou de fazer.
Não estrague um programa diferente com seu mau humor,
descubra a alegria da novidade.
Não deixe a vida se esvair pela torneira,           pode faltar aos outros...
O amor pode absorver muitos sofrimentos, menos a falta de respeito a si mesmo!
Se você quer o melhor das pessoas,     
Dê o máximo de si, 
Já que a vida lhe deu tanto.
Enfim, agradeça sempre, 
Pois a gratidão abre          
As portas do coração

Dr. Içami Tiba
( Texto retirado do livro Amor, Felicidade & Cia )

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A escola é boa, o que atrapalha são as aulas...
O condomínio é bom, o que atrapalha são as regras...

Por que a escola é boa? Porque tem um monte de jovens. É a oportunidade de verem outros jovens e também por estes serem vis-. r   A escola ainda não encontrou um excelente caminho para resolver este delicado relacionamento entre professores (adultos) e alunos (adolescentes). A convivência obrigatória através de aulas torna pesada a ida dos alunos à escola.
É também nos condomínios, verticais ou horizontais, que os jovens se reúnem para o "prazer do nada fazer junto com amigos"... até que sejam interrompidos por algum condômino, síndico ou zelador, para que a ordem e a paz sejam restabelecidas...
Para o jovem, mais do que vontade, é quase uma necessidade relacionar-se com outros jovens. Isto porque a adolescência é um segundo parto, um nascer da família para ganhar as ruas, para caminhar com as próprias pernas e escolher a dedo com quem vai se aventurar pela vida afora. Ou seja, o adolescente precisa de outros adolescentes para o seu desenvolvimento social.
É quando ele vai encontrar o melhor amigo, a paquera, a namorada, a sua turma, o seu território... É quando os amigos falam mais alto que os próprios pais, quando com a turma faz "coisas" que sozinho, ou na presença dos pais, não faria. É quando vai pôr em prática a luta para conquistar um lugar de destaque depois de sentir-se enturmado, através do competição, da demonstração de habilidades, do paixão (nem sempre confessada) pela garota (ou garoto) "inatingível", do ódio aos estudos, de fazer o que tem vontade. Defende com unhas e dentes seu território geográfico e afetivo contra intrusos ao mesmo tempo que quer invadir outras áreas.
Mais do que a escola ou um shopping, o condomínio oferece as condições ideais para a formação das turmas de adolescentes. Os pais pertencem à mesma faixa sócio-econômica, mesmo que sejam de origens, credos e raças diferentes, e aspiram aos seus filhos estilos de vida muito próximos. Eles acreditam que seus filhos estão seguros dentro dos condomínios, que podem visitar uns aos outros, que podem receber amigos "de fora" enquanto eles, tanto pai quanto mãe, trabalham.
Nos condomínios mais preparados há praças e clubes onde os adolescentes podem se encontrar em público e aprontar escondido, como, por exemplo, fumar maconha na casa das máquinas, nos cantos dos garagens e até mesmo em locais mais retirados, pouco usados, escuros, onde normalmente adultos não transitam.
Faço menção à maconha porque atendi muitos adolescentes envolvidos com drogas e deles tenho ouvido o quanto é fácil fumá-la, principalmente em condomínios. Numa linguagem entre usuários, "ligalaise" é aquele lugar onde eles podem fumar a maconha sem serem perturbados. No maior parte das vezes ocorre quando os pais estão fora durante a tarde e o filho usuário chama seus amigos para fumarem juntos, dar um "pega" quando algum deles ,"apresenta" um baseado.
0 único cuidado que eles têm que tomar é não deixar vestígios ou "palas" (janelas escancaradas, mesmo no maior frio, incenso, bom ar, apetrechos canábicos, sementinhas e gravetinhos pelos cantinhos do quarto) para que os pais nada percebam quando voltarem ao doce lar. Nem é preciso falar que há pais que toleram a presença de maconha e outros poucos que, apesar de não aprovarem seu uso, permitem que fumem em casa, usando os mais variados argumentos. Para não insistir neste tema, aos interessados sugiro que leiam especialmente o capítulo Condomínio: paraíso dos drogas, do meu livro 'Anjos Caídos - Como prevenir e eliminar as drogas no vida do adolescente".
Dr. Içami Tiba
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A HISTÓRIA DO LÁPIS

            Um  menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou-lhe:
            - Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso é uma história sobre mim?
            A avó parou a carta, sorriu e comentou com o neto:
            - Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele quando crescesse.
            O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
-  Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
            A avó respondeu:
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será uma pessoa em paz com o mundo.
            1ª qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos.. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
            2ª qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque eles o farão ser uma pessoa melhor.
            3ª qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir algo que fazemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
            4ª qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que está dentro de você.
            Finalmente a 5ª qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços e, procure ser consciente de cada ação.

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A LIBERDADE DE SER LIVRE

Uma pessoa preocupada com a opinião dos outros não é livre.
Uma mente preocupada com o que poderá acontecer ou deixar de acontecer no futuro também não é livre.
Menos livre é a mente apegada ao passado, às realizações ou insucessos passados.
Para sermos verdadeiramente livres, precisamos ultrapassar nossos condicionamentos culturais. Libertar-nos para sermos nosso verdadeiro "EU".
Esta é a liberdade que o mundo mais precisa hoje.
O livre arbítrio exige uma mente livre, não uma mente condicionada pelos medos e pelos apegos.
Mas, antes que fiquemos demasiadamente eufóricos, devemos lembrar que não existe a certeza de que vamos mesmo ter sucesso na liberação de nossa mente desse poderoso condicionamento.
Podemos dizer , na verdade, que o trabalho real - o trabalho de despertar a nós mesmos - é um trabalho que está apenas se iniciando e que exige um considerável trabalho interior, uma formidável tarefa de auto-liberação.

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A Mesa do Avô
Autor Desconhecido

Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, a nora, e o seu neto mais velho, de quatro anos. As mãos do velho homem tremiam, a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante. A família, todos os dias, reunia-se à mesa para jantar. Mas com mãos tremulas e a vendo mal, tornou-se cada vez mais difícil o acto de comer. As ervilhas rolavam da colher para o chão. Derramava o leite. A confusão irritou fortemente o filho e a nora:
"Nós temos que fazer algo sobre o Vovô," disse o filho.
"Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muito de sua comida no chão".
Assim, marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá, Vovô comia sozinho, enquanto o resto da família desfrutava do jantar.
Desde que o Avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele era servida em uma tigela de madeira.
Quando olhavam para o Vovô, às vezes pensavam que notavam uma lágrima, por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram de advertência a cada vez que ele derrubava um garfo ou derramava comida.
O neto assistia tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai notou que o filho estava brincando, sentado no chão, com sucatas de madeira.
E perguntou docemente para a criança, "O que estás fazendo?" Da mesma maneira dócil , o menino respondeu: "Estou fabricando uma pequena tigela para Você e Mamãe comerem sua comida quando eu crescer." Sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do menino golpearam os pais, que ficaram mudos.
Então, lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Nenhuma palavra foi falada, mas ambos souberam o que devia ser feito.
Naquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade conduziu-o para a mesa familiar.
Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, desse dia em diante, nem marido nem esposa pareciam preocupados quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado.
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A outra janela

Conta-se que uma certa menina tinha um lindo cãozinho de estimação. Ela devotava muito carinho e atenção por ele. Todos os dias, ao cair da tarde, ficava na varanda de sua casa, olhando seu cãozinho brincar.
Certo dia, ao voltar da escola, percebeu um movimento intenso e algo estranho no ar...
- O que houve? Perguntou à sua mãe. O cãozinho morrera, um carro o atropelou e o matou.
Que tragédia, para aquela menina! Após uns dias isolada no quarto, curtindo sua tristeza, ela passou a adotar um comportamento estranho.
Todos os dias, ao cair da tarde, ficava na janela do seu quarto, olhando para o portão da casa, numa ingênua ilusão, esperando ver seu cãozinho voltar. Assim ficou por muitos dias.
Até que, seu pai com o coração partido por ver a filha assim, tomou-a nos braços e disse: - Filha, lá em nosso jardim nasceu uma linda flor. Venha, mude de janela!
Nossa existência é semelhante a uma casa de muitas janelas, que possibilita a contemplação de várias paisagens. O problema é que muitos fazem da vida uma casa de uma única janela. E ali, ficam debruçadas, por anos.
Quando alguém age assim, o foco da sua atenção fica limitado, possibilitando-o de ver outras paisagens. Na vida, às vezes, temos que mudar de janela, para contemplar o novo ao nosso redor.
Uma janela que precisa ser fechada é a do ressentimento.
Quem fica debruçado sobre esta janela olha a vida pelo ângulo da amargura, do desencanto, da tristeza profunda. A pessoa ressentida, perde a confiança no amor, não investe em novos relacionamentos, fecha as portas para o perdão e tem visão muito negativa da vida. É como olhar para o céu e só enxergar nuvens escuras.
Mude de janela! Abra o coração para o perdão. A janela do perdão nos faz mais humanos, mais tolerantes, mais cheios de graça e beleza interior. Outra janela que precisa ser fechada é a do medo.
O medo é um mal terrível. É a doença mais grave do nosso século. Milhares de pessoas estão fixadas nesta janela. Somente vêem os perigos, os obstáculos, as dificuldades. Na mente delas não existem sonhos, só pesadelos.
Quem fica a olhar a vida através da janela do medo, só contempla o caos. Troque a janela do medo, pela da coragem. Ela desperta em nós a determinação e o otimismo. Contemple, através da coragem, as conquistas dos vitoriosos. O medo é como o câncer fatal.
Mude de janela! Medo é a derrota antecipada. Terrível é a vida dos que se fixaram na janela do passado. Não vêem nada em sua frente a não ser motivos para lamentar.
Quem vive debruçado sobre o passado não consegue vislumbrar o futuro. São pessoas que vivem na pré-história: - ah! Quando eu era jovem; quando eu era solteiro! Ah! Se o tempo voltasse!
Mude para a janela da esperança. Ela nos faz sonhar com dias melhores. Quem quer vencer na vida, precisa ter a reflexão no passado, os pés no presente e os olhos no futuro, e caminhar sempre nessa direção!...
Mude de janela e veja que você não está só. Deus está ao seu lado, talvez, naquela flor que nasceu e você não percebeu porque se tornou escravo de uma janela só. Outras janelas podem significar novos sonhos e novos dias.
No Amor de Cristo
(Desconheço autoria)

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CARBONO PARA PLANEJAMENTO

            - Alô, é da casa da D. Mariazinha?
            - Sim, com quem deseja falar?
            - Com a própria. Aqui é Carmem, lá da mesma escola onde ela trabalha.
            - Pode falar Carmem, aqui quem fala é Mariazinha.
           - Mas que ótimo te pegar em casa. É sobre o maldito planejamento do ensino. Eu nem sei por onde começar e o meu diretor quer essa coisa pra manhã cedo.
       - Olha: pegue o mesmo do ano passado. Muda uma ou duas sentenças e entregue. Todo mundo faz isso...
          - Só que eu comecei a lecionar este ano, sabe? E a outra professora que eu substituí nem tinha plano. Dá pra você me ajudar?
            - Eu aqui em casa só tenho a minha cópia carbono. Acho que ela não dá xerox – está meio apagada...
            - Cópia carbono?
         - Lá na escola quem faz o plano é a Dona Chiquita. Ela datilografa as cópias com carbono para facilitar. Imagine você se eu vou perder tempo com isso. O diretor nem verifica: ele pega, dá uma olhada por cima e tranca na gaveta.
           - É mesmo é? E você tem por acaso o telefone da Chiquita? Vou entrar nessa também!
            - Deixa eu ver... aqui está: 23-8166. Só que ela cobra, viu?
            - Cobra? Quanto?
          - Serviço profissional, minha filha! Ou você acha que a colega ia trabalhar de graça? Já basta a exploração do governo. E com essa inflação, não sei o preço atual do plano. Mas vale, viu? Vem com capa e bem datilografado. Máquina elétrica e tudo... nem precisa revisar...
       - Obrigada pela recomendação. Vou ligar agora mesmo pra casa dela pra encomendar. Um abração.
            - Só mais um conselho antes de desligar: guarde uma cópia com você. Assim no ano que vem você não precisa tirar dinheiro do bolso de novo. É isso aí, tchau!

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Deixe a raiva secar...

Mariana ficou toda feliz porque havia ganhado de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manhã. Júlia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
- Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho ponderou:
- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra do que a vovó falou?
- Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha! Com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi logo falando:
- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.
- Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
DEIXE A RAIVA SECAR, o tempo suficiente para você controlar seus impulsos ou para que as coisas possam ser mais bem compreendidas.

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Como melhorar a sua autoestima
1. Transforme os lamentos em decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças.
2. Escolha objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. Metas inatingíveis são o caminho mais fácil para a frustração e uma nova recaída na auto-estima.
3. Trabalhe seu auto-conhecimento questionando sobre seus valores e analisando o que é realmente importante para você. Isto vai ajudá-lo a tomar decisões e mudar atitudes.
4. Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Não se trata de ser acomodado, pelo contrário. Tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazeirosas.
5. Encare o fracasso como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade.
6. Expresse suas opiniões, desejos. Por outro lado, respeite as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas.
7. Diversifique e amplie suas relações.
8. Pequenas atitudes podem significar muito: um telefonema, uma festa com os amigos, arrumação do quarto, etc.
Atenção:
1. Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista.
2. Não caia na tentação do álcool para esquecer os problemas e obstáculos. O melhor é enfrentá-los de forma otimista, sem subestimá-los ou, ao contrário, achar que são intransponíveis.

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E N C A N T O S

         Meu amigo,
         A vida deu a cada um de nós diversos encantos

       Não é encanto o que você mesmo apregoa

         Valiosos são os que são desvendados pelos outros 

O ser humano tem o péssimo hábito de acostumar-se com as novidades
Qualquer encanto pode ser anestesiado pelo massacrante cotidiano
Nossos olhos acomodam-se com a monotonia das cores
O que nos desperta são os movimentos, os brilhos. 
 
         O mau hábito transforma pessoas em coisas aos nossos olhos
         Quando estamos ensimesmados nem olhamos para os outros
         Também não permitimos que eles descubram nossos encantos
         Tornamo-nos coisas, deixamos de ser vida. 

A vida, que nos chama a atenção, desperta a nossa alma
Péssimo é coisificarmos também as pessoas que amamos
Lamentável é coisificarmo-nos para nós mesmos
Assim, não encontraremos nossas almas. 

         Exigimos de nós o que não pediríamos aos melhores amigos
         Não sejamos omissos, nem cúmplices tampouco coniventes
         Da íntima frustração que escurece nosso olhar 
 
Olhe para dentro de si e reconheça seus próprios encantos
...e que nossas vidas ganhem nova luz
                  com os brilhos dos nossos encantos

Dr. Içami Tiba
( Texto retirado do livro Amor, Felicidade & Cia )

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Encontrando paz interior

Sentir paz e tranquilidade nos dias de hoje parece utopia 

            Até pouco tempo, acreditávamos que determinados acontecimentos na vida como separação, morte de uma pessoa querida, desemprego, ou seja, algo muito profundo fosse capaz de nos tirar do controle e prejudicar nossa saúde física e mental. Mas sabemos que hoje não é bem assim, estamos tendo que aprender a conviver diariamente com a falta de tempo, as cobranças, e em conseqüência, com a ansiedade e o estresse.
Se somarmos os sintomas de tudo isso, sabemos que podemos adoecer gravemente.
            Mas como a falta de tempo é real ou intensificada pelo perfeccionismo, pela necessidade de agradar, pela dificuldade em falar ‘não’, pelas cobranças internas, tudo fica muito mais potencializado. O que fazer diante desse dilema? Só há duas formas de lidar com tudo isso: resolver os conflitos ou aprender a conviver com eles.
“Os maiores conflitos ainda são os causados pela dificuldade em controlar as emoções e surgem muito mais nas relações afetivas”
 Lembrando que a maior causa de nossas dificuldades não são os problemas em si, mas nossa reação diante a eles. É preciso mudar alguns comportamentos arraigados muitas vezes por anos, o que não é fácil, mas perfeitamente possível. Para isso não fuja dos problemas, isso só fará com que adie a busca por sua solução. Identifique e enfrente tudo aquilo que está te incomodando.
            Procure não deixar os conflitos, sejam eles no trabalho ou na relação afetiva, acumularem-se. O melhor ainda é o diálogo, sem deixar nada para depois, esperando que o tempo os resolva. Os maiores conflitos ainda são os causados pela dificuldade em controlar as emoções e surgem muito mais nas relações afetivas. Isso ocorre exatamente pelo fato das pessoas não enfrentarem as situações quando elas surgem.
Deixando para lá, a tendência é os conflitos se intensificarem e ficar cada vez mais difícil encontrar uma solução. Converse, fale, argumente. Não despreze o que sente, ao contrário, respeite acima de tudo cada um de seus sentimentos. Para isso, é preciso elevar seu auto-conhecimento, saber o que quer, o que sente. Você sabe? Pratique o diálogo interno e converse acima de tudo consigo mesma. Se tiver dificuldade para se conhecer procure um psicólogo que poderá te ajudar nessa caminhada.
Afaste-se de pessoas muito críticas, se não for possível, ao menos não lhes dê ouvidos ou não permita que passe a ser sua verdade. Caso seja você seu maior inimigo, o que é muito comum, sempre se criticando, exigindo-se cada vez mais, procure ser mais flexível e paciente consigo mesma. Pare de se criticar, faça uma auto-análise para saber quem durante sua vida agiu dessa mesma maneira com você, sempre te criticando, e liberte-se da necessidade de estar sempre se punindo, seja pelo que fez ou pelo que não fez. Passe a elogiar-se mais e reconhecer e valorizar mais suas conquistas.
Se você se considera perfeccionista, só confia naquilo que você mesmo faz, acreditando na crença limitadora de que tem que fazer tudo perfeito, e por isso, assume responsabilidades acima do possível, procure convencer-se de que não há necessidade de manter controle sobre todas as situações e que é possível delegar responsabilidades. Comece com pequenas coisas e com pessoas em quem confia. Permita que outras pessoas sintam-se importantes, além de você.
Ao começar o dia, antes mesmo de levantar-se, espreguice seu corpo, estique seus músculos. Não levante correndo, vire-se de lado, apóie seu corpo no antebraço e cotovelo, sente-se, respire fundo e só depois se levante. Procure relaxar durante o banho e faça um gostoso café da manhã. Ou ainda, acorde a pessoa amada com um beijo gostoso, com um carinho, que com certeza ajuda a enfrentar melhor o dia.
No trabalho, depois de algumas horas de concentração intensa, tanto seu corpo como sua mente precisa de um descanso. Pare por uns minutinhos e levante-se, caminhe, alongue seu corpo, se espreguice, respire. Não pense que estará perdendo tempo, porque na verdade você estará recuperando energias. Incentive outras pessoas a fazerem o mesmo. Algumas empresas estão proporcionando esse tempo com meditações ou ginástica, pois perceberam o quanto todos se tornam muito mais produtivos.
Na volta para casa, vez ou outra é saudável encontrar com amigos, mas ficar sozinho também pode ser muito gratificante. O encontro consigo mesma aumenta o auto-conhecimento. Faça de sua casa um lugar aconchegante, em que você goste de ficar. Se morar com alguém, faça desse encontro um momento gostoso para contar seu dia ou ouvir o dele, intensificando o cuidado com o outro e alimentando a relação. Proponha cada dia um fazer massagem no outro, (re)descobrindo pontos de prazer ou apenas para relaxar o corpo de um dia estressante. Que tal um banho relaxante a dois?
Antes de dormir, vá se desligando das preocupações do dia. Mas se algo a preocupa e não consegue dormir, escreva o que está te incomodando, depois poderá analisar a situação e buscar as causas de sua irritação ou insatisfação. Ou ainda, converse com seu companheiro sobre o que está sentindo. Faça meditação, leia um livro. Agradeça por tudo, valorize tudo que conquistou, agradeça pelas pessoas que te amam, por sua saúde, por sua vida e durma em paz!
Amanhã é outro dia, outras conquistas virão, outras dificuldades aparecerão, mas você terá a certeza que será capaz de enfrentar o que for, pois sabe que pode contar acima de tudo com você!

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Faça Hoje, Não Amanhã
Diz o preguiçoso: "Amanhã farei."
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinquente: "Amanhã regenero-me." 
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, a noção real do tempo. Quem não aproveita a bênção do dia vive distante da glória do século.
A alma sem coragem de avançar cem passos não caminhará vinte mil. O lavrador que perde a hora de semear não consegue prever as conseqüências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida. Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós. Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.

A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão. 
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.


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Milho de Pipoca

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
(Extraído do livro "O amor que acende a lua" de Rubem Alves)

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Pregos na Cerca
Autor Desconhecido

Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito ruim.
O Pai desse garoto deu-lhe um saco com pregos e disse-lhe que toda vez que ele perdesse a paciência,  deveria martelar um prego atrás da cerca. No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos.
Em algumas semanas, ia aprendendo a controlar seu temperamento, e o número de pregos martelados por dia reduziu gradativamente.
Descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca... Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência nem uma vez.
E disse aquilo ao seu pai. Este sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse controlar seu temperamento.
Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então levou-o até a cerca e disse: "Você foi muito bem meu filho! Mas olhe os buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você diz as coisas com raiva, essas coisas deixam cicatrizes. Você pode enfiar uma faca em um homem e retirar. Não vai importar quantas vezes peça desculpa, o buraco vai estar lá do mesmo jeito. Um ferimento verbal é tão ruim quanto um físico."

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Texto de abertura do livro QUEM AMA, EDUCA!

 FELICIDADE

 Os pais podem dar alegria e satisfação para um filho,

mas não há como dar-lhe felicidade.

         Os pais podem aliviar sofrimentos, enchendo-o de presentes,

                                               mas não há como comprar-lhe felicidade.

         Os pais podem ser muito bem sucedidos e felizes

mas não há como emprestar-lhe felicidade.

 Mas os pais podem aos filhos

Dar muito amor, carinho, respeito

                   Ensinar tolerância, solidariedade e cidadania,

                            Exigir reciprocidade, disciplina e religiosidade

                                      Reforçar a ética e a preservação da Terra.

Pois é de tudo isso que se compõe a auto-estima.

                                               É sobre a auto-estima que repousa a alma,

                                                         E é nesta paz que reside a felicidade.                                                                                                                                                                                                Içami  Tiba
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Voe mais alto 
Voe mais alto!

Logo após a 2ª Guerra Mundial, um jovem piloto inglês experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo.

Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento.
Percebeu logo que havia um rato à bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.

Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.
Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos que quase colocaram em perigo a sua viagem.
Moral da estória:

Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia,
maledicência, diz que diz. voe mais alto.

Se o criticarem, voe mais alto...

Se fizerem injustiças a você, voe mais alto!!!

Lembre-se sempre que eles não resistem
às grandes alturas ...

Autor Desconhecido

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Verbo do amor

Te amo, te amei, te amarei !

E por todas as leis tento agora , que este verbo se conjugue no passado,
                                     
mais a cada minuto que se passa ele vem se renovando no futuro, te amo, te amo, te amarei ....

Antes e depois, na profunda imensidão do vazio do meu coração, a cada lágrima dos meus olhos ,

Eu te amo .

Todos os pássaros que cantam, todas as sombras que choram , na imensidão infinita dos tempos  até  em lugares onde moram o silêncio.

Eu te amo .

Em todos os momentos da minha vida, em todos os caminhos de medo, em todos os momentos de angústia e no desespero de uma vontade perdida, na dor que agora se veste de saudade !

Eu te amo .

Em profundos lagos de solidão trocando dia por noites , em tudo que estás presente, na eternidade de um momento, te amo ! No pólen  de vida que agora sai de dentro de mim, te amo !

E assim, ultrapassando todos os limites de minha vivencia, vou seguindo, vou vivendo , vou te amando, amar você para mim é mais que uma lei.

E conjugando todos os tempo do verbo deste amor, é que repito, te amo, te amei , te amarei !!!

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SUPERMERCADO DO CÉU

Há muito tempo, andava eu pela estrada da vida. Um dia vi um letreiro que anunciava "SUPERMERCADO DO CÉU". Aproximei-me . Chegando perto, uma porta se abriu. Sem me dar conta, lá estava eu, dentro, de pé.
Vi um exército de anjos, anjos por toda parte. Um me deu a cesta, e disse:- Filho, faça bem suas compras ! E o que não puderes carregar, poderás buscar outro dia.
Tudo o que um cristão merecia estava ali.
Eu não perdi tempo e comecei a circular pelo Supermercado. Primeiro  comprei PACIÊNCIA e  CARIDADE que estavam na mesma seção. Mais à frente, havia COMPREENSÃO . Peguei um pacote. Depois voltei e peguei mais, porque a gente sempre precisa dela. Comprei, ainda,uma caixa de SABEDORIA e três de FÉ.
Vi uma luz vindo do alto das prateleiras. Detive-me a contemplá-la. Era o ESPÍRITO SANTO. Ele enchia tudo. A SALVAÇÃO era gratuita e acabei pegando bastante, para mim e para você .
Com minha cesta quase cheia dirigi-me ao caixa para pagar a conta; tinha o necessário para fazer a vontade de Deus.
Enquanto passava pelos corredores, vi ORAÇÃO , coloquei-a na cesta, pois sabia que lá fora iria encontrar o pecado. No caminho  do caixa, havia balaios com CANTOS e LOUVORES. Peguei vários de ambos.
Chegando minha vez no caixa, um anjo passou todas as mercadorias.
Feitas as somas, perguntei : - Quanto devo ?
O anjo olhou para mim e sorriu. Disse-me para levar tudo aquilo por onde eu andasse. E acrescentou : - FILHO, JESUS PAGOU A SUA CONTA HÁ MUITO TEMPO, NO MONTE CALVÁRIO ! FAÇA BOM USO DE SUAS COMPRAS. 
VÁ EM PAZ E VOLTE SEMPRE !
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RECEITA DE BELEZA 

Eis aqui uma boa receita para melhorar sua aparência, sem uso de cosméticos.
Para seus lábios use: “VERDADE”
Para sua voz use: “ORAÇÃO”
Para seus olhos use: “SIMPATIA”
Para suas mãos use: “CARIDADE”
Para sua atitude use: “PERDÃO”
Para seu coração use: “AMOR”
“Procure manter um sorriso durante todo tempo,
 aprenda a obter da vida a alegria, dividindo-a com os outros.”
“Lembre-se sempre que: "A beleza está nos olhos de quem vê”, a beleza interior é que te coloca bem fisicamente."  
SEJA FELIZ!!

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A mosca e o copo de leite